Os anjos Dizem!
Os anjos Dizem:
No fim, tem uma luz.
Nom fim, tudo dá certo, Doutor!
Olhe a luz.
Não vá embora.
Volta, volta, volta, por favor...
O mundo te espera,
Olhe à sua volta,
Por favor, não vá!
A vida aclama:
Renasce, Lazaro,
Sai da cova, Daniel,
Volta o mundo real.
O mundo precisa de sua vivência em forma de conteúdos escritos.
Explícito em forma de poesias sentimentais.
O acontecimento:
Renasce, então, o dito cujo, o morto vivo.
Sai Daniel do calabouço escondido.
Dito e feito.
Sente o efeito da liberdade,
Da liberdade de expressão.
Sai da prisão o condenado a viver enjaulado eternamente.
Na ficção de viver sem abrir os olhos e ver o mundo em preto.
Dividir seu mundo com formigas entre seu corpo.
Dividir seu mundo com baratas entre seus ossos.
Entre sua mente, dormia o poeta sonhador.
Mas ressurgi com novas formas e dor.
Mais crítico que nunca.
Mais áspero que nunca.
Mais poeta como sempre!
Em busca do amor.
Em busca da liberdade e da igualdade.
Em busca de libertar vozes presas.
Em busca de dizer a verdade relatada em forma de prosas poéticas.
Em busca de ética, mas pouco provável.
Em busca do notável.
No que seja,
Mas essa sociedade ainda é desrespeitosa
Com a arte,
Com o artista,
Com a vida,
Com a vida alheia!
E leia o poeta crítico, por falta de incentivo.
Aliás, meu incentivo seria a falta de incentivo.
O meu grito é o suspiro pela arte das almas enfraquecidas.
A arte faz vida.
A vida é uma arte, mesmo que seja divina!
A escrita é uma forma dela.
A escrita poderia se encaixar numa forma mais expressa e direta que toca o leitor.
Enfim, os anjos cantaram e a vida aclamou-se.
Renasci eu.
Renasceu minha crítica,
Pois os anjos dizem:
No fim, tem uma luz.
Nom fim, tudo dá certo, Doutor!
Olhe a luz.
Não vá embora.
Volta, volta, volta, por favor...
O mundo te espera.
Olhe à sua volta.
Por favor, não vá!