Corte

Quando sangra o corte

A lâmina sorrindo

Brilha no vermelho

Do fio afiado de tua faca

Perolada, a carne arde

Enquanto o sangue coagula

E surge a cicatriz bem diante

De nosso estúpido nariz

Quando acaba a fúria

Surge o calmo pensamento

De sugar no corte o sangue

Antes de ele jorrar sem direção

E com tal prazer ver a beleza

Vermelha voltar a ser força vital

Para o corpo carnal que sustenta

O nosso individualismo espiritual

Genny LiMo
Enviado por Genny LiMo em 17/04/2011
Código do texto: T2914724
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