Corte
Quando sangra o corte
A lâmina sorrindo
Brilha no vermelho
Do fio afiado de tua faca
Perolada, a carne arde
Enquanto o sangue coagula
E surge a cicatriz bem diante
De nosso estúpido nariz
Quando acaba a fúria
Surge o calmo pensamento
De sugar no corte o sangue
Antes de ele jorrar sem direção
E com tal prazer ver a beleza
Vermelha voltar a ser força vital
Para o corpo carnal que sustenta
O nosso individualismo espiritual