Meus dias estão num silêncio profundo de insatisfação.

Meus dias estão num silêncio profundo de insatisfação.

Eu vou começar assim já ignorante.

Eu luto, caralho! Não fico esperando as coisas acontecerem.

Eu me mexo, mas se mexer não é garantir que algo aconteça.

Vejo meu dia então anoitecer e novamente nada acontece,

Me aborrece.

Eu sou a voz dos revoltados, indignados e protestantes.

Eu represento a revolta dos revoltados.

Porque eu falo o que sinto sem medo de nada.

Eu falo a verdade, mas tem uns que não gostam. As pessoas não gostam da verdade porque ela é dura e cruel.

Eu deixo minha voz sair. Não coloco a mão na boca e nem engulo minhas salivas.

Eu digo o que eu acho e sinto.

Digo então: "Ah, que vergonha sinto desse mundo!"

Esse mundo é uma vergonha,

Esse mundo é sem vergonha!

Eu grito bem alto até ficar rouco.

Uma das minhas mitologias é:

“Antes de morrer o mundo vai ouvir meus gritos!”

Ouve-se, então, a voz do oprimido insatisfeito com um mundo de bosta.

Estou chegando numa teoria, como cientista, de que o mundo foi uma cagada.

Peço para Deus que venha logo e dê a descarga.

Leve para onde for, mas acabe com essa melada.

Acabe com essa marmelada.

Nossa que fedor!

Foi uma bela de uma cagada.

Pai, você não tem culpa, você tentou fazer algo bom!

Mas, talvez tenha comido algo horrível e que chegou a fazer mal.

Eis que agora peço pelo seu apelo: puxe a cordinha e deixe as águas rolarem.

Deixe as águas levarem o que é dela.

Que leve tudo e limpe essa sujeira sem tamanho.

Então eu digo: "Meus dias estão num silêncio profundo de insatisfação."

Lembra-se:Eu falo a verdade, mas tem uns que não gostam. As pessoas não gostam da verdade porque ela é dura e cruel.

A verdade é uma só!

Renato F Marques
Enviado por Renato F Marques em 12/04/2011
Código do texto: T2904941
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