ABELHA RAINHA (por merecimento)
A abelha vive em colônias sociais
Há mais de quarenta mil anos
Ao contrário de muitos seres humanos
Não matam entre si irracionalmente
E tampouco se prendem em alas penitenciais
Vivem e labutam em perfeita organização
Em cada colméia há mais de oitenta mil delas
A musa central que tem o dobro de tamanho das outras
É a responsável pela reprodução da espécie
E por sua harmonização, ela segrega um ferormônio
Substancia volátil como o perfume estimulante sentido à distancia
Que são “gratuitamente” doadas as outras abelhas
Justamente para evitar o desenvolvimento sexual das operárias...
Com isso ficam estéreis não se reproduzem mais
Diante da “ sua real dignatária”
Presente de grego segregado, eis seu grande entre outros segredos!
Por isto em cada colméia, uma sábia rainha é quem manda! Eis sua proeza e sua destreza e perpicácia.
Caso uma descubra a farsa, ambas lutam até a morte pela realeza.
Ao contrário das outras é alimentada na “realeira”
Espécie de um quarto de hotel cinco estrelas
Alimentada pelas demais que ao contrário de sua alteza
Moram em favelas pelos favos e parcos centavos de mel
Passam a alimentar a realeza com cardápio de
Iguarias nobres que é a geléia real, aliás, enquanto
Vida a possui é a única que dispõe deste tratamento vip.
Todas as escravas garantem tudo pra ela e pro seu bem estar geral.
Depois ela se prepara pro seu vôo nupcial quando então será Fecundada pelos zangões samurais que tarefa árdua num é?
Tem que tomar muito “mé!” pra tanto amor nas alturas
De preferência em dias com poucos ventos e ensolarado, haja calor!
E novamente sua arma o ferormônio é jogado ao éter e como
Voa muito veloz e a grandes atitudes atrai zangões de outras colméias
E vai selecionando os mais fortes e mais ligeiros que conseguem Segui-la! como uma Ferrari de asas...
São os garanhões do ar pobres iludidos como todo macho!
Por quanto há o ato sexual em pleno ar ela prende
O testículo do macho que sucumbe orgulhosamente ao fecundá-la.
É outro segredo que esta rainha esconde, pois neste ato ela recebe Milhões de espermatozóides que ficam armazenados dentro dela
Como um colecionador tem sua discoteca, ela tem a sua
“Espermateca” e neste ínterim ela se torna hermafrodita, fingida!
Fecundada até o resto dos seus dias e caso sua “espermateca”
Não esteja cheia, ela saíra pra outros vôos até ser suprida
Pelo touro abelhudo alado.
E quando de seu retorno as operárias a tratam da melhor
Maneira possível cuidando de todo o detalhe maior ou menor
Para a sua linda gravidez e aja suplemento vitamínico
À base de geléia real para a espertíssima Rainha
Que pode de acordo com sua atenção diante da florada quero dizer Do tempo propício pra eclodir as abelhinhas filhos, que podem chegar
Até três mil pimpolhos...E ferroadas!
E caso ela venha a falecer por alguma razão já que a mesma
Pode chegar até a idade de cinco anos ao passo
Que só quarenta e oito dias para as serviçais operárias
Mais digamos que morra no trabalho de parto ou morte natural
Todo o seu séquito de magistrado colonial sentirá imediatamente
A sua falta devido a falta de seu anabolizante o tal do ferormônio
Que lhes garante a força de seu trabalho e a presença da
Abelha rainha dentro da câmera principal.
Como bem versou Humberto de Campos:
“Se o mel não é mais límpido, nem mais saboroso
Nem mais nutriente não culpeis a abelha, a culpa é
Da flor em cujo cálice ela diligente e pertinaz a
“Procurou e colheu.”
A Abelha- Mór torna-se e trona-se por genética devido a sua
Robustez fertilidade e determinante função de Rainha.
Já que quando nasce ela destrói as outras realeiras
E luta com outras que coincidentemente tenham nascido
Ao mesmo tempo dela, para que apenas uma sobreviva.
Rapadura é doce mais não é mole não...