Tempo de colher
Pela necessidade da própria companhia, ficar consigo mesma em silêncio, curtindo cada pedacinho seu, descobrindo suas emoções mais intimas. Aquelas que só o seu próprio olhar é capaz de identificar.
O que para muita gente é difícil lidar, para mim é como bálsamo de libertação. Ser eu mesma em tempo integral, visitar minhas extremidades interiores por meio da introspecção.
Passear pelo subterrâneo do meu ser – sem reservas. Percorrer este espaço, destemida de quaisquer intervenções de outros olhares.
Ficar na minha sim, sem perder o vínculo interno com pessoas queridas, sem desistir da convivência com o mundo ao redor.
De um jeito bem singular, ‘tocar’ na própria vida, de maneira mais contida, mais reservada, mais autônoma, mais segura, e mais livre de julgamentos e críticas... E depois dos efeitos desse trajeto passageiro, ser bem mais amorosa como o meu próprio eU.