Aviso ao usurpador
Não tente atribuir aos teus maxilares
A força do que saiu dos meus dentes.
Ah pelo amor de Deus, veja teu pigmento tosco
Pensa um pouco
Tua tinta não pinta o papel
Tua tecla hiberna desde sempre
Nenhuma ideia desce do céu
E não adianta
Tua inveja é indecente!
Ah por favor, criatura!
Que pena, o meu osso é roído...
Todo mundo até, já sabe a cara,
O ruído, o logotipo!
Cria outro filme, mais inventivo
Com registro, integridade e graça
( Se é, que te seja possível ),
Porque eu continuo rodando o meu
Que por sinal, nunca acaba!
Obrigada, Vander, pela interação maravilhosa.
Quem usurpa não faz epa nem faz upa
Não cavuca a própria mente
Deve pensar assim o mentalmente indigente:
" Se tenho quem seja por mim, assim, muito mais eloquente,
criar, pra quê, minha gente?"
E vai seguindo o poeta por entre versos alheios
sem nada aprender de fatopois veio ao mundo a passeio.
(Vander Dunguel)