O caderno do esquecimento.

Brilhante estimativa de vida, e de entendimento.

Nada perdoa-se mais forte e melhor, que o esquecimento!

Num estado transversal de motivação,

o esquecimento é o reviver da morte ativa.

É a preleção por um natural morrer e adianta,

ainda, nascer firme dum revólver na luz peregrina.

Pefura-se na palavra proferida.

Atravessa o oceano em lamúria.

Desveste o calçado e a roupa da prometida

viola e transpassa os gritos em fartura.

Pelos devaneios de tiros que erram, e acertam;

não se moldam infames, mas dão seus ditames, em cabeça ereta.

Como a humildade refletida em modéstia, sincera mentir por ter uma coisa, que o outro não tem, é o perdão daquele que enseja dar, o que está muito, muito além.

Perdoar é fácil. Ou não tão fácil...!

É o simples gesto de pender os cabelos aos andantes dum calçado de couro.

Mas o perdão é difícil.

O perdão é raro posto que infração motivadora se ilustra irreversível, como num desenho.

Num desenho pintado e rasurado à caneta, cuja borracha oscila em pensar-se num escrito a lápis.

A ciência de haver proferido lamúria de arrependimento é uma expulsão de dor conflitante e insistiva!

Dos perdões, o esquecimento é a sua alternativa...

Alexandre Bonilha
Enviado por Alexandre Bonilha em 14/02/2011
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