Poesia para os homens de bem!
Não quero limitação
No espaço criado para a arte inconstante.
Não me peçam constância, pelo amor de Deus!
O ciclo já foi constante
A natureza foi constante
O universo inteiro foi constante,
De que adiantou?
Saquearam a harmonia das coisas.
Deus numa misericórdia infinita
Ajeita aqui e acolá
Depois que o homo erectus
Com sua vaidade e intelecto
Achou que tudo não bastava
Apesar de todo o engenho natural
Teria ainda tanto para inventar!
Não preciso de limitação.
Alguém veio antes de mim,
E achou que poderia transformar tudo,
Deu um jeito de desencantar!
Não preciso de limitação.
Deixem que eu reze quietinha
Mesmo que a história agressiva
Pise com força, no meu calcanhar!