Percurso dos dizeres
Palavras entregues ao vento.
Palavras ditas, interditas, eruditas!
Deleito-me nos sabores dos dizeres,
mas nada destila de fato o mel da significação,
Que não estão nas palavras, enfim no silêncio.
É um discurso tolo e reprimido.
Jamais apreenderás o que no silêncio falo,
e que nas palavras calo,
porque tudo se esvai
quando teus olhos encontram as entrelinhas.
Se as encontram!
Escreverei apenas,
Uma explosão tipográfica de mim!
E lá se vão as palavras,
entregues aos dedos, aos olhos,
às almas.
Regressam sem resposta,
acompanhada de mais uma infinidade de
outras palavras!