Homeless in the street

Homeless in the street.

Musa molha minha rima como se tu fosse chuva fina...

Enriquece e abençoa meu compasso.

Daí-me tua sombra, teu recanto é meu regaço.

Nesse barco em que me encontro, e cumpro a minha sina.

Veio pelo mar, nômade navegante, infante de alma forte

Lufada de um vento que soprou do norte

Há tanto tempo que não vejo a maré tocar tão perto

Mesmo assim, havia em mim, uma ilha em mar aberto...

*****

Homeless... num qualquer fim de tarde...

Ocupam as orlas e as marquises da cidade

Mendigos procurando albergues, encontrando abrigos.

A plebe dormindo nos bancos das praças

Esquecem a ação do tempo,

E que qualquer momento é de mudanças.

Perdoem este alerta que soa redundância.

A juventude se perde. É fumo e fumaça.

Ele queria apenas fazer a cabeça,

E só por isso foi à caça.

Acredita que, quem tem fé alcança qualquer graça.

Apressadas, longas passadas.

Assim são eles caminhando na matina

Tentando misturar ansiedade com endorfina.

Não se encerra a marcha dos sem-terra

Revirando os lixos e garimpando as latas

Sobrevivendo daquilo que é sucata.

Nunca viu de perto um magnata.

Sendo assim, vai por mim, Homeless... vá dormir!!.

Durma que no teu sono vem a cura

Para as dores deste dia ruim que dura.

Homeless tem uma historia. Ele tem sim!.

Tem principio, tem meio e também um fim.

Homeless in the street...

Louiz Medheiros Dezembro.

Louiz de Medheiros
Enviado por Louiz de Medheiros em 21/12/2010
Reeditado em 21/12/2010
Código do texto: T2683242