Homeless in the street
Homeless in the street.
Musa molha minha rima como se tu fosse chuva fina...
Enriquece e abençoa meu compasso.
Daí-me tua sombra, teu recanto é meu regaço.
Nesse barco em que me encontro, e cumpro a minha sina.
Veio pelo mar, nômade navegante, infante de alma forte
Lufada de um vento que soprou do norte
Há tanto tempo que não vejo a maré tocar tão perto
Mesmo assim, havia em mim, uma ilha em mar aberto...
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Homeless... num qualquer fim de tarde...
Ocupam as orlas e as marquises da cidade
Mendigos procurando albergues, encontrando abrigos.
A plebe dormindo nos bancos das praças
Esquecem a ação do tempo,
E que qualquer momento é de mudanças.
Perdoem este alerta que soa redundância.
A juventude se perde. É fumo e fumaça.
Ele queria apenas fazer a cabeça,
E só por isso foi à caça.
Acredita que, quem tem fé alcança qualquer graça.
Apressadas, longas passadas.
Assim são eles caminhando na matina
Tentando misturar ansiedade com endorfina.
Não se encerra a marcha dos sem-terra
Revirando os lixos e garimpando as latas
Sobrevivendo daquilo que é sucata.
Nunca viu de perto um magnata.
Sendo assim, vai por mim, Homeless... vá dormir!!.
Durma que no teu sono vem a cura
Para as dores deste dia ruim que dura.
Homeless tem uma historia. Ele tem sim!.
Tem principio, tem meio e também um fim.
Homeless in the street...
Louiz Medheiros Dezembro.