da miséria e da beleza que há
Se de fato um poeta fosse
Versos eu faria pra um poema
Que haveria de cantar as musas
De encantar muitas mulheres
Mesmo as moças,
Se poeta de fato fosse
Não sendo então um poeta
Esse jeito de escrever à compulsão
Dia sim outro não
Semana outra, talvez
De coração alegre
De coração partido
coisa de doido é da vez
Se de fato poeta fosse
Não estaria a pôr-me fantasias
Estaria perambulando por poesias
Se isso é um fato, posso tentar
Fazer alguns versos, rimar
E talvez, alguém, ao ler
Mesmo tais pobres infinitivos
Ante o infinito pouco nobre, dirá
Esse, de fato, um poeta pode ser
Desde que pare de se lamentar
Olhe à volta pra enxergar
A miséria e a beleza que há