Há que viver!
Há que dizer bem da vida,
Há que saber caminhar nos trilhos,
Há que pagar o bilhete,
Da viagem que tem fim!
Há que namorar a certeza,
Duma brisa garantida,
Há que cantar amor,
Num comboio, aquele, a vapor!
Há que ir devagar,
A vida saborear,
Há que ver com ardor,
E sentir o esplendor!
Há que roçar a dor,
Há que impedi-la de entrar,
Há que saber dizer sim,
A uma vida recheada de amor!
Há que não ter medo de rimar,
E que não ter medo de não rimar, também!
Há que saber aceitar,
Há que saber que é certo,
E iludir o caminho,
Há que aceitar o incerto!