NOITE

A noite era quente

Os olhares se cruzavam em meio a incerteza

O medo poderia chegar a qualquer momento

Coração aflito tempo que não chega

Estrada há percorrer

A caminhada foi feita a roda

Rodas de animais

Noite quente vento frio

Gaiola sem sonho

Na estação

Uma alma me apaziguava, alma que já se foi

As lagrimas rolavam

Da janela, mais uma vez estava sozinha

Sem dinheiro no bolso incerteza da comida

Na outra estação

O mundo se apresentava

Mas eu não existia...

Nunca existi

Queria ir embora

A cabeça doía de tanto chorar

Recolhi minha dor

Acalma-te, pois a batalha ainda vai começar

Ela não sabe de minha dor, não entende meu clamor

Mas basta que aceite como sou

Aprendi a enxergar olhos, ver o ser

Mas não sei me enxergar

Não sei quem eu sou

Porque teve que ser assim

Autora

Teresa Cristina Kobayashi

21/09/2005