AINDA DÁ TEMPO
Ainda dá tempo,
plantar algumas árvores,
acender a tocha
que ilumina nosso mundo.
Ainda dá tempo
pastorear o rebanho
ao longo do dia,
e a noite fazer nossa prece.
Ainda dá tempo ouvir Buarque,
passar gel no cabelo
soltar beijos ao Céu
e colher flores no parque.
Ainda dá tempo
sorrir ao destino
porque ele nunca existiu pra nós
e tampouco foi nosso hino.
Ainda dá tempo chorar
pelos que deixei de amar
quando fui "perverso". Inverso.
Ainda dá tempo de fazer o último verso.
Ainda dá tempo...
OBSERVAÇÕES. Edinaldo Formiga. São Paulo: 19/10/10.