SÍNTESE

Se minha antiga busca,

solver o seu crepúsculo.

Eu quero o subjecto:

Capturar a paz!

Se minha antiga mágoa cicatiza

perdão feito de sal

de concreto,

eu quero só o vento...

Eu quero que meus olhos

te vejam de esperança.

E o medo de ter medo

nunca mais...

Eu quero que meu corpo

do amanhã se prevaleça

e minha sêde se sacie

nas fontes dos porques...

Eu quero te falar

meu improvável amor,

das coisas que aprendi nas ruas

pois te vejo uma mulher

como uma lua quase cheia

como uma deusa quase nua...

Eu quero alimentar meu paradoxo:

É hora de ficar, é hora de partir.

Entre bandeiras desfraldadas

e sucessivos ais,

Eu conto é com meu canto

pássaro alegre e desprovido

e livre pra voar...

Eu quero que me enlouqueça

a parábola infinita

de todas as verdades

e caia, e se enrrosque

nos meus ramos celulares!

Álvaro Francisco Frazão.