Esperma
LUA CHEIA, GRÁVIDA DE UM METEORO.
NO VENTRE TREME O SILÊNCIO DOS POETAS.
PALAVRAS INGERIDAS AO LONGO DO FRÊMITO NOTURNO;
DESPEDAÇADOS OS FRÍVOLOS SONHOS.
NA CALÇADA , O DESPERDÍCIO DAS FARRAS,
ALGAZARRAS DA MOCIDADE INSONE.
UM GATO A MERCÊ DO ANDARILHO.
TUDO SEGUE NOS TRILHOS.
UM CANO JORRANDO A INFÂMIA
CALÇADA ILHADA...
ESPERMA, PRIMAVERA...
Gardênia