Cotidiano

Levanto o sol do meu dia

deixo penetrar a luz que me areja

grito ordens às minhas células

que mesmo enfastiadas aceitam a alegria.

Esparjo meus versos entre a canção e a vassoura

nas lides domésticas da casa,

mas não dorme a poeta que é toda mulher

e que num segundo busca, lendo a outra,

devaneios da alma.

E, se puder,

alongado olhar ao horizonte,

esquecendo panelas e colher,

colher mais uma flor trás os montes

e calada seu verso adormecer.

Helena de Santa Rosa

Niterói, 02 de outubro de 2010

12:16

Helena de Santa Rosa
Enviado por Helena de Santa Rosa em 02/10/2010
Reeditado em 01/11/2010
Código do texto: T2533563
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.