Cotidiano
Levanto o sol do meu dia
deixo penetrar a luz que me areja
grito ordens às minhas células
que mesmo enfastiadas aceitam a alegria.
Esparjo meus versos entre a canção e a vassoura
nas lides domésticas da casa,
mas não dorme a poeta que é toda mulher
e que num segundo busca, lendo a outra,
devaneios da alma.
E, se puder,
alongado olhar ao horizonte,
esquecendo panelas e colher,
colher mais uma flor trás os montes
e calada seu verso adormecer.
Helena de Santa Rosa
Niterói, 02 de outubro de 2010
12:16