Sem pé nem cabeça

 

Versos desfilam sem-vergonha

Passam na passarela aos olhos nus

Uns todos arrumados, nem tanto outros

Parecem loucos, que desgosto!

Manequins magros sem consistência

Atropelados por seus próprios passos

Vão de qualquer jeito, sem cadência

Sem enredo, fora do compasso.

No passo que faz caminho sem rastro

Na pedra do talento tropeçam e caem

Aplausos soam apressando a despedida

Pouco importa as feridas.

Na verdade, entre ser ou não ser

A leitura que se ver é de pouco prazer

Do lamento ao amor poesia chora de dor

Quando rir nem sempre o poeta é o manequim.

 

Jamaveira®

Imagem:  Do Google

Jamaveira
Enviado por Jamaveira em 18/09/2010
Código do texto: T2505227
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.