O banho no Cedro do Porto, na beira do Paraná.
Como é bom contemplar a natureza
Ainda mais, em uma cena de rara beleza
Na beira do Paraná de Urucará
Em cima do Cedro num delicioso gostar
O dia não se apresentava convidativo
Mas a vontade era maior de se banhar
A água tentava a um banho gostossímo
Era só tomar o impulso e pular
Nadar eu sabia, sem problemas
O dia era que estava nublado
Difícil era entender aquela cena
Tinha que ser na coragem e cuidado.
Quando a gente é menino, não se tem tanto medo
Não tinha água encanada e o rio era a salvação
O difícil era descobrir o segredo
De gostar tanto com amor e coração.
O perigo rondava essa brincadeira
No rio tinha Piranha, Arraia, Poraqué ...
Mas, tomar banho no rio, era uma alegria festeira
Mesmo correndo o risco de levar, uma mordida, uma ferrada ou um choque no pé.
Eu, tive a sorte de não levar ferrada de Arraia
Mas, levei mordida de piranha, choque de Poraqué, o peixe elétrico
E o rio é de água barrenta sem praia
A gente não tinha visão do perigo que corria, perto.
Uma das brincadeiras do meu tempo, a mais gostosa
Era de descer o Porto e no rio se banhar
Logo depois da pelada do jogo de bola
É uma paixão que me faz até hoje, recordar, viver e sonhar.
Mao, 07/04/2024