MEU GERAIS

Meu Gerais de riquezas gerais

De riquezas sem fim

Terra quente, brejos e olhos d'água

Que irriga minha alma

Meu Gerais

De veredas e buritis

O Cerrado que jamais

Cerra pra sua gente

Mata a fome sem distinção

Água pura que lava toda amargura

E imacula o meu coração

No meu Gerais

Tem grão de galo, pequi

Cajuzim?

Também tem por aqui

Em Correntina o Gerais é bem melhor

É terra solta

Que espalha beleza

É mata de um igual sem fim

O rancho do gado

O barulho que não há

Haverá de existir dentro do meu ser

Dentro de mim

O sol escaldante

É todo azul o céu

Rio de águas correntes

Que desce levando da gente

Todo ódio, rancor, o fel.

Meu Gerais de riquezas gerais

De um povo que traz

Cultura, humildade, bravura

E em Correntina vem brilhar

Trazendo nos pesados embornais

Delicias naturais

No peito, com muito jeito

Muito amor e ternura

Meu Gerais de riquezas gerais

Riquezas que nas mãos dos homens

Sua ascensão ou o seu fim

Terra solta que solta para todos

A doçura do mel

Os cantos e encantos

De papagaios e periquitos

Que fazem festas no céu.

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OSVALDIR FRANÇA. - Correntina, 14/01/2000.

OSVALDIR FRANÇA SILVA.
Enviado por Alorof em 04/05/2021
Código do texto: T7247957
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