MEU GERAIS
Meu Gerais de riquezas gerais
De riquezas sem fim
Terra quente, brejos e olhos d'água
Que irriga minha alma
Meu Gerais
De veredas e buritis
O Cerrado que jamais
Cerra pra sua gente
Mata a fome sem distinção
Água pura que lava toda amargura
E imacula o meu coração
No meu Gerais
Tem grão de galo, pequi
Cajuzim?
Também tem por aqui
Em Correntina o Gerais é bem melhor
É terra solta
Que espalha beleza
É mata de um igual sem fim
O rancho do gado
O barulho que não há
Haverá de existir dentro do meu ser
Dentro de mim
O sol escaldante
É todo azul o céu
Rio de águas correntes
Que desce levando da gente
Todo ódio, rancor, o fel.
Meu Gerais de riquezas gerais
De um povo que traz
Cultura, humildade, bravura
E em Correntina vem brilhar
Trazendo nos pesados embornais
Delicias naturais
No peito, com muito jeito
Muito amor e ternura
Meu Gerais de riquezas gerais
Riquezas que nas mãos dos homens
Sua ascensão ou o seu fim
Terra solta que solta para todos
A doçura do mel
Os cantos e encantos
De papagaios e periquitos
Que fazem festas no céu.
________________________________________________
OSVALDIR FRANÇA. - Correntina, 14/01/2000.