TERRORISMO
Terrorismo, seu doutô,
Né somente no Iraque,
Pois aqui já tamo craque
De vê cena e terrô!
De vê hômi desisperá
Nas terra deste sertão
Viveno sem um tustão
E a famía pra sustentá!
Bebeno água poluída,
Salobra no seu sabô;
Encheno os buxo, doutô,
Dos filho cum mil lumbriga!
Dispiá pra caçarola,
Sem ter o que cuzinhá,
Dependeno duma ismola
Do guverno federá!
De vê dona de casa louca
Corrê pela vizinhança,
Cum berreiro na sua boca
E nos braço, uma criança!
Escute bem, seu doutô,
É verdade, eu num minto;
Essa cena que eu li pinto
São ô num são de terrô?...