Do Inverno
Vejo a chuva dedilhando a mudança
Numa dança das nuvens que virão
É o inverno que entona a chegada
Na calada da noite molha o chão
O riacho correndo, é invernada
Nas calçadas biqueiras, meninada
Saudosos momentos que vivi
E o mato molhado diz ao povo
A saparia cantando, já ouvi
Vem os pingos no rosto, bem de leve
E o frio aquece a esperança
O roceiro ora que a semente
Germine e traga abundância