DIÁRIO DE UM CAIPIRA - 1
DIÁRIO DE UM CAIPIRA
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No ranchinho adonde eu moro
Bem junto do pé da serra
Fico pensando e inté choro
Do que arguns fazem com a terra
Jogam veneno nas prantas
Modi crecê mais ligeiro
E as duenças são tantas
E tudo a troco de dinheiro.
Na foice e numa enxada
Ninguém hoje qué pegá
Só mexem com papelada
E só ordi só querem dá
Vivem falando em direito
Dever nunca se vê falá
Só querem muito respeito
Sem um exempro mostrá.