MATUTO HOJE TÁ INSPERTO
Poeta Cypriano Maribondo (cmgtpeota@yahoo.com.br) 27/09/2018
Foi nas véspra da eleição
Qui o Dotô Sinhô Candidato
Num pé de serra ele andô.
De sítio em sítio ele entrô
Dos matuto apertou as mão
Despejou uma fala bunita.
Qui nem os matuto acredita
Chamô todos de meu irmão.
Pediu logo um copo d’agua.
Prá baxar o calor do serão.
Cumeu fava cum pimenta.
Ardida qui ninguém aguenta.
Certo qui os voto era seu.
Nos jornais foi anunciando
Aqui, os voto, tô ganhando.
Mais só qui ele se esqueceu.
O matuto hoje tá insperto.
Nás quebrada tem televisão.
Os jornais de todos os dia.
Prá seu Dotô é uma agonia
Qui já chego lá no Sertão.
Os voto dado como certo.
Foi prus adversário direto.
Deixaram Seu Dotô na mão.
Foi uma eleição das danada.
Seu Dotô, no Sertão, Perdeu.
Hoje, Pé de Serra é diferente.
Nun dá o voto a quem mente.
Sertanejo sabe quanto sofreu.
O matuto hoje tá insperto
Já sabe valorizá o voto certo.
Sem o matuto o Dotô predeu.
Este texto foi escrito propositalmente em linguagem matuta do povo simples dos pés de serra do meu nordeste. povo do qual tenho orgulho
de fazer parte. Sou Paraíbano, de Campina Grande e tenho orgulho de ser Nordestino.