Nuvem negra
Sou sertão em meio a estiagem
Clamando por chuva
De solo seco, sou mata branca
Não perco a esperança
Como uma criança
Que dança
E não cansa
E de repente uma sombra me cobre
O sol retirou-se
E surgiu você
Nuvem, negra!
Veio molhar-me, regar-me,
Me fazer reviver!
Me alegro e sem pensar
Me entrego
Ao teu abraço
Meu solo agora molhado, é barro.
Esverdeado eu agora, sou mato.
Mas... ainda não é o bastante. Continua vazio, o tanque.
Foi apenas um temporal
Estiou..
O sol novamente surgiu.
O verde sumiu.
"A festa acabou".