CAIPIRA DO MEU SERTÃO
Que linda homenagem,
Minha linda caipira do meu sertão
Em luar despido de tristeza
Feito em beleza do céu “naturar”!
Oh!
Que sutileza do luar
Que faz meu coração “chorá”
De muita tristeza
Por que as redondezas estão fora do ar:
Eles não comem mais em gamela,
Só assistem novela,
E comigo não quer mais “fala”!
Ando meio triste sim,
Ando muito cabisbaixo,
Já nem sei se existe o jardim
Que a gente sentava no seu banco
Para despois “prusiá”,
Agora é uma “tar” de internet,
Deus me livre, Deus me liberte
Desse bicho que nem sei o “qui” é,
Mais sei que ele faz
Até mesmo as boas “mué”
“Separá” de seus maridos
Que ficam desnorteados
Além de levar chifres dobrados,
Meu Jesus, precisamos ter fé,
Que um dia nosso tempinho de outrora “vorte”,
Para termos a mesma sorte
“Di vivê cum a mema mué”!
Sou caipira do sertão,
Não abro mão,
De minha humildade feito jacu
Que sobe a serra a galope
Pula do arreio do animar
E nem morre,
De alegria se toma um porre
E vive sempre da honestidade
Sem querer passar ninguém para trás,
Por que isto é coisa de satanás!
Sou caboclo sertanejo de verdade,
Tenho medo da cidade
Que é estranha demais para mim
Por isto vivo acabrunhado,
Meu Deus!
Sou mesmo um coitado
Que nessa “tar” de pós-modernidade
Sofro tanta “cruerdade”
Que nem sei se sou gente de verdade,
Porque a aqui na cidade
Não é meu “lugá”!