Véio, eu?




Meu corpo bambeia
Zoeira nas oreias
Chego a dar uns tremeliques
Será que tô ficando veio?
Arrebentô alguma veia?
Vou até o alambique
Tomá uma talagada
Enquanto rompe a madrugada.

Nóis inverga mas não quebra
Duro que nem pedra
E na hora da onça bebê água
Montá no lombo da égua
Nóis num somo besta quadrada
Pra morrê na hora errada
Trem bão é vivê, uai
Tocando meu berrante...
Meu osso quebrô ai ai ai
Tô memo é ficano crocante!

Da série poemas caipiras

Imagem: Chiquinho