SAUDADE VIAJANTE
Vai, sentimento, voa distante
Minha saudade é viajante
Essa lembrança, ainda vibrante
Para o meu peito, não é bastante.
Ribeirão, rio ou riacho
Perto um ninho de guaxo
É lugar que guarda saudade
Pra quem mora na cidade.
Ali tem um pasto verdinho
Tem vaca e tem bezerrinho
Por onde passa um vaqueiro
Procurando um boi carreiro.
Mês de junho traz cerração
Que só não esfria o coração
Mas que o olhar embaça
Feito dor que o peito trespassa.
E a saudade pra longe avoa
Passa na beira da lagoa
Na memória, eu fico na espreita
Da lavoura. Esperando a colheita.