VAQUEIRO SOFRIDO
O boi João
Pisou meu gibão
Passou o portão
Que estava escancarado
Me deu uma chifrada
Aí, como dói a marrada
Que me deu o boi João.
Sou vaqueiro nordestino
Com a boiada não desatino
Não aceito meu destino
Por ser pego a “treição”
Não esperava a chifrada
Consequência da marrada
Que me deu o boi João.
Hoje vivo aleijado
Por ter sido descuidado
Ao dar ração “pro gado”
Labutando o meu ganha-pão
Recebi uma chifrada
Com toda força da marrada
Que me deu o boi João.