PIDIDO AO VENTO..
Vô tentá escrevê agora, prá ocê que foi embora.
Mais premero me arresponda:
_Por aí inziste hora?
Nóis aqui vamo se ino, co relojo a marcá
Pra cada quar um distino, prum dia te visitá.
Eu num sei se ocê sabe, que a tua casa mudô
De cheru, de indentidade, dispois que ocê se afastô.
O jasminzero tá triste, nem frô ele tem pa dá
As abeia arrevortada, já mudaro de lugá.
No banco lá da varanda, nem musquito qué sentá
Se arripio quando alembro, de nóis nele a cunversá.
E dos jorná de leitura, as nutícia num vô contá
É tanta coisa istragada, que é mió nem num falá.
Os cachorru, coitadin,nem suas sombra tem mais lá
Num se vê um brinquedin ispaiado pa catá.
Eu num se acustumei,
tô cá arma dilurida
Chorano inté já rezei, pra vê se miora a firida.
Essa sodadi marvada , que no peito agrudô
É uma faca afiada, que meu coração já cortô.
Num vô tomá mais seu tempo,
pelo adiantado da hora
Só te contei pocas coisa,
num quero que ocê chora.
De vagá vamo se falano,
das coisa que assucede aqui
Se fô priciso, inventano,
mintira pro cê sorri.
Vô pidí po vento,
a garupa,
pressa mensage levá
E pelo memo portadô,
ocê póde,
tamém a resposta mandá!
MINHA HOMENAGEM A QUEM FOI INCENTIVADORA MAIOR EM MINHA VIDA, DONA YVONNE MARTINS!