Indignação Erudita

Ô, meu Nordeste!

Terra de cabra da peste.

A gente entra no agreste.

Onde passo com ôce.

Fui pro meu sertão

Ver o Seu Lampião

Cheguei lá vi uma estarta.

Na qual nem quiria se mexer.

Saí discuncertado .

Saí discabriado.

Nada eu pude ver.

Vôte! Vou votar pru meu agreste

Lá no centro do estado.

Vou ver Tereza fazer crochê

E Vou ficar descaximbado

Numa outra versão vou ver

Como costumo escrever

Vou mostrar para você

Que eu sei desenvolver

Meu pai pode não saber, mas foi porque não quis cumprir o seu dever.

Vou voltar muito feliz para o agreste

Considerando-me um cabra da peste.

O maculele, maracatu, forró, dança de roda e boi bumbá, com certeza vou levar.

Carrego com muito orgulho

O fato de ser bagulho

Pouca coisa sou então

Sou Neto de Lampião

Você pode se Meter

Mais não sei se voltará, com a mesma opinião, que veio me afrontar.

Em Versos e estrofes desenhar

Pretendo meu sotaque preservar

Hoje, posso me orgulhar pelo fato de ser nordestino e saber falar

Davi Santana
Enviado por Davi Santana em 03/03/2016
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