Indignação Erudita
Ô, meu Nordeste!
Terra de cabra da peste.
A gente entra no agreste.
Onde passo com ôce.
Fui pro meu sertão
Ver o Seu Lampião
Cheguei lá vi uma estarta.
Na qual nem quiria se mexer.
Saí discuncertado .
Saí discabriado.
Nada eu pude ver.
Vôte! Vou votar pru meu agreste
Lá no centro do estado.
Vou ver Tereza fazer crochê
E Vou ficar descaximbado
Numa outra versão vou ver
Como costumo escrever
Vou mostrar para você
Que eu sei desenvolver
Meu pai pode não saber, mas foi porque não quis cumprir o seu dever.
Vou voltar muito feliz para o agreste
Considerando-me um cabra da peste.
O maculele, maracatu, forró, dança de roda e boi bumbá, com certeza vou levar.
Carrego com muito orgulho
O fato de ser bagulho
Pouca coisa sou então
Sou Neto de Lampião
Você pode se Meter
Mais não sei se voltará, com a mesma opinião, que veio me afrontar.
Em Versos e estrofes desenhar
Pretendo meu sotaque preservar
Hoje, posso me orgulhar pelo fato de ser nordestino e saber falar