SONHOS DE SERTANEJO
Ieu vim lá ditrais dos monte
realizá a minha grande isperança
de saí daquele lugá
onde sufri deisde criança
Crisci cheio de sonho
como toda criança aquerdita
suei a camisa na terra
qui pur fim chamava de mardita
Uma vida de sacrifíço
uma pobreza sem iguar
era grande a labuta
lá naquele arraiar
Juntei tudo qui ganhei
embora num fosse quais nada
vim pra cidade grande
qui jurgava abençuada
Passei fome, passei frio
nem uma cama pra drumi
nem um pão veio durmido
nem um cubertô pra me cubri
Hoje moro dibaxo da ponte
e fico a recordá o meu sertão
ah! Cumo ieu era filiz
naquele pedaço de chão
Lá ieu tinha o meu sussego
e comia o que prantava
aqui ieu morro a cada dia
recordano o qui sonhava
Aquela vida de sertanejo
era tudo qui ieu quiria
hoje triste ieu vejo
bindita era a minha moradia
Ah! Meu sertão quirido
quantas veis ieu te reneguei
hoje choro a sardade
de tudo que aí dexei!
Ieu vim lá ditrais dos monte
realizá a minha grande isperança
de saí daquele lugá
onde sufri deisde criança
Crisci cheio de sonho
como toda criança aquerdita
suei a camisa na terra
qui pur fim chamava de mardita
Uma vida de sacrifíço
uma pobreza sem iguar
era grande a labuta
lá naquele arraiar
Juntei tudo qui ganhei
embora num fosse quais nada
vim pra cidade grande
qui jurgava abençuada
Passei fome, passei frio
nem uma cama pra drumi
nem um pão veio durmido
nem um cubertô pra me cubri
Hoje moro dibaxo da ponte
e fico a recordá o meu sertão
ah! Cumo ieu era filiz
naquele pedaço de chão
Lá ieu tinha o meu sussego
e comia o que prantava
aqui ieu morro a cada dia
recordano o qui sonhava
Aquela vida de sertanejo
era tudo qui ieu quiria
hoje triste ieu vejo
bindita era a minha moradia
Ah! Meu sertão quirido
quantas veis ieu te reneguei
hoje choro a sardade
de tudo que aí dexei!