Suinocultor e a pocilga
Bicho grunhia no chiqueiro
Percebe o horror da morte
Faca enfiada no bucho
Aquele grunhido ligeiro
Da varanda ouve gritos
Lá dos fundos é que vem vindo
Na palha sapeca o bicho
E põe tudo no tempero
Caldeirão esquentando água
Feijão preto e canjiquinha
Cafezinho sai do bule
Vem pra xícara esmaltada
Num armário improvisado
Tudo se aproveita, guarda
Banha de porco ano inteiro
Em latas recicladas