Cidadão

Cidadão

Pago meus imposto e percuro sê um bom cidadão, rezo todos dia e peço a Deus que guarde e potreja nossa nação, levanto cedo pra labuta enfrentá, minhas droga é a areia e a enxada, meu fuzir, sô servente de pedreiro e tenho cinco fio para criá, mais sô honesto e só quero aquilo que posso comprá, nas mão trago calos, marcas de minha porfissão. Mas um dia vortando para casa, era tarde, pois pra ganhá um extra, um cerão tive que enfrentá, ocês me cercaro e não me deram tempo de falá, “levanta os braço, abre as perna” anssim me encostaram na parede e sem maior explicaçõe uma busca começaram a executá, tentei dizê que era apenas um cidadão e que muito me feria aquela sirtuação, mas de nada adiantô e no camburão os policiair me jogá, se não calasse ameaçô, antão pergunto a ocê Dotô. Esse constrangimento não é crime e quar foi a razão que dicidiram me abordá, será que faria o mesmo se ao invés de uma bicicreta num carrão eu tivesse a transitá, e nas mão, ao invés de calos, muitos anér a adorná, será que é crime num bairro pobre morá e não tê roupa chique pra usá, antão vorto a lhe perguntar, o que eu fiz para um suspeito me torná, foi minhas roupa suja e meu jeito matuto de andá, na minha ignorânça, quero lhe lembrá, que o preconceito é crime e que no livro chamado constituição o cidadão é inocente, inté que provem que não.

Poema de Orlando Jr.

orlando junior
Enviado por orlando junior em 29/05/2007
Código do texto: T506164
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