Filha adotiva

Sou filha desta terra cresci por ai correndo pelos campos floridos, embora eu não tenha asas, mas eu disputei flores com o beija-flor. Admirando os verdes das matas, os cantos dos pássaros, o nascer e o por do sol e os reflexos dos seus raios dourados nos galhos das arvores deixando as num tom avermelhadas.

Recordo-me os dias de chuvas, às vezes da janela olhando a chuva cair na terra sentido o cheiro de terra molhada. Outras vezes dava uma fugidinha e caia na chuva, não conseguia me conter e sapateava tomando banho de chuva. Infringindo todas as regras que os adultos me determinava. Na época era total a ausência de regras.

Ainda criança eu não precisava de muito para ser feliz, fabricava os meus próprios brinquedos nos éramos grandes inventores. Infância doce e colorida eu era feliz.

Nas noites de lua cheia ela parecia no céu como uma rainha eu fazia parte desse cenário, tínhamos a roda da conversa onde os adultos contavam historia, outras vezes tocavam violão nos cantávamos.

Oras brincávamos de cair no poço, raminho trançado, passar anel, de rodas e tínhamos que falar versos eu me lembro que eu colecionava versos, naquela época a poesia já corria nas minhas veias junto com o meu sangue. Chegando ao meu coração.

Em dias de sol eu gostava de admirar as nuvens brancas que vagava ao léu eu percebia adversidade das suas formas, às vezes eu enxergava carneirinho às vezes pessoas, enfim enxergava o que queria ver.

Com o passar do tempo os versos continuaram constante em minha vida. Sabia ler e escrever e fazer rimas a poesia emergiu em mim eu precisei apenas do universo minha fonte de inspiração, que deu vida aos meus versos, sem saber a causa ou a razão.

Escrevi poesia em todos os lugares sobre olhares de critiqueiros eles não entendem porque eu me refugio para um mundo, chamado poesia. No qual eu posso voar e criar.

Desta terra sou filha adotiva poetisa nata não importa qual seja a qualificação que eu possa vir a ter a poesia vai mais volta e quando volta está cada vez mais forte. Se quiseres arranca - lá de mim, tira meu coração e com ele que eu escrevo. Com orgulho sou filha adotiva dessa terra.

poetisagenial
Enviado por poetisagenial em 05/02/2014
Reeditado em 05/02/2014
Código do texto: T4679709
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.