OS CAMINHOS
OS CAMINHOS RODEADOS DE MATA VIRGEM
SÃO ALAMEDAS FLORIDAS, SÃO AS ESTRADAS
E EU AMANDO O MATO, CAIPIRA NATO
A NOITE É DIA DE VIVER, SEM PENSÁ EM NADA
PIRILAMPOS E MÃES DA LUA CRUZA OS CÓRGO, CRUZA AS RUA
RUA DE ALGODOEIRO, DE FEIJÃO CATADÔ
ASSEMELHA A UMA ANDARILHO ESSE MEU EU
QUE A ESMO DE ANDÁ NÃO SE CANSÔ
VEJO OS BECO DONDE A RÊS ANDA VAGAROSAMENTE
POIS UM DIA DE SOL QUENTE LHE FEZ PERDÊ UNS QUILO
VEJO AS LAMPARINA, AS PUXADA BEM ACESA
PENDURADAS OU EM CIMA DE SIMPLES MESAS, ILUMINAM A NOITE QUE CANTA OS GRILO
E EU NO MEIO DESSA URBE, COMO PEIXE FORA DÁGUA, COMO FILHO DISGARRADO
ME ALEMBRO BEM DO DIA QUE SAÍ DE MINHA TERRA
COMO VARÃO QUE VAI PRA GUERRA
ATÉ HOJE SOU SOLDADO
ME LIVREI DE MUITA COBRA, MUITO URUTU
ME LIVREI DE GENTE MÁ, SEM CORAÇÃO
MAS HOJE NESSAS BANDA DESSE CRUEL SUL
NADA ME ALIVIA O PESO DA SOLIDÃO
DE VORTÁ E DAR ABRAÇO NA MÃEZINHA
NUM DIA BEM DE TARDINHA, PÃO DE QUEIJO E BOLO DE FUBÁ
MAS O TEMPO PASSA TÃO DEPRESSA, QUE ATÉ NESSA CONVERSA
NÃO DEU TEMPO DE EXPLICÁ
QUE DE SONHO VIVE O HOMEM EMIGRANTE
NESSE BRASIL QUE É TÃO GIGANTE
COM SEUS FATO E DESATINO
INDA RESTA UMA ESPERANÇA RICUÍDA, E UMA DOR BEM DILURIDA
QUE SINTO DESDE MININO
SODADE DE BRINCAR NAS ENXURRADA
MEUS BRINQUEDO, QUASE NADA! ERA FEITO POR EU MEMO
HOJE OIO PRO PASSADO E VÔ PENSANDO
QUE ENTRA ANO E SAI OTRO ANO E A VIDA MARROMENO,