MINHA FORMOSA ISABÉ



Estava escrivinhando numa foia de papé,
Quando alembrei de Isabé, muié linda e formosa,
Toda dengosa e cherosa cuma a fulô do imbé,
Adespois fiquei assuntano, cuma fazê pra ter ela,
Pois uma muié daquela ne pra quarqué um pissuí,
Entonces fiquei assim, muito acanhado e sem jeito,
Mas eu sentia no meu peito um apertume danado,
Qui dexa o cabra aperriado, sem sabê o qui fazê.
Aresorvi ter cum ela, um pequeno proseado,
E logo fui no povuado, donde mora Isabé,
Chegano lá vi Raqué uma caboca assanhada,
Qui preguntô o queu queria, naquelas bandas de lá,
Eu dixe, oia Raqué, eu vim aqui e cum pressa,
E quero tê uma cunversa cá formosa Isabé,
Pro mode fazê muito tempo, qui vivo pensano nela,
Tu pode dizê a donde é a casa dela?
Raqué deu uma gargaiada, quereno zombar de mim,
Adespois dixe assim, ela num mora mais aqui,
Se mudô pra capitá, ela foi trabaiá...
Ainda fiquei sabeno qui arrumo um nanmorado
E já ta prá se casá!
Despois de ouvi a histora qui se passô com Isabé,
Fiquei triste, acabrunhado, andano pra todo lado
Pareceno um buscapé.
Entonces vortei pra minha cidade, donde vivo cum a sardade,
DA MINHA FORMOSA ISABÉ.
JOSÉ RODRIGUES
Enviado por JOSÉ RODRIGUES em 08/01/2014
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