# NO JARDIM
Quando o sol deixou seus raios fracos,
formarem um manto no jardim silencioso.
uma azaléia vendo as plantas sem flores,
aproveitou assim tal momento precioso.
Floriu pois, única flor de beleza vermelha.
Mas a rosa viu e não gostou nada da audácia
porém não tinha reservas para uma resposta
e teve assim que aguentar lá tal falácia.
Nao ficava bem pra ela, logo ela, a rosa.
ser passada para trás assim pela azáleia
isso exigia uma severa resposta à altura,
Para que jamais tivesse de novo tal ideia.
- Olha como anda radiante a azaléia dizia o lírio.
mas vermelho não me afeta pois sou amarelo.
Nem comigo dizia a palma, pois sou alaranjada,
eu pro vermelho nem mesmo sequer apelo.
Duas roseiras, a branca e a rosada dobram
dizem a irma vermelha isso não e conosco,
esta lhes diz com raiva, traidoras sem tamanho
se fosse eu, seria totalmente solidaria convosco.
Mas deixe estar que é natal e a festa fica assim,
com a azaleia exibida. Mas pro ano, está pra mim.
heis de florir a mais vermelha e bela rosa radiante,
e voltarei majestosa a ser a rainha do nosso jardim.
De fato por uma semana a azaléia sentiu a vitória
com sabor especial sem o vermelho da rosa muda
E todos diziam mas que bela flor a da azaleia
enquanto no canto a roseira zangava-se miúda.
E antes que o ano novo surgisse para bonanças
Dá mesmo o troco a roseira com belo botão
Com o mais especial dos brilhos ofuscando a azaléia.
Que de todas as plantas perdeu a atenção.
E preparou ainda umas outras, duas como reserva.
Guardando poder de fogo sem arredar na vaidade.
Bradou para que todos no jardim escutassem mudos
quem nasceu pra rainha, nunca perde a majestade.