PUR FALÁ EM VIOLA
PUR FALÁ EM VIOLA...
Carlos JotaPê Figueiredo
Seu dotô se me premite
Eu quero lhe confessá
Que eu sou capaz acredite
De ouví viola tocá
Noite e dia, dia e noite
Sem percisá discansá
A viola sertaneja
Méxi cumigo pur dentro
Intão sô dotô u sinhô veja
Quando oiço esse instrumento
Meus óio inté lacremeja
De tanto qui é o sentimento
Já fiquei cismano hora
Matutano o que acontece
Valême Nossa Sinhora
Será que musga endoidece?
Ô será que é ôtra istóra
Qui nóis tudo discunhece
Se vinhé gente arrumada
Di terno e inté di cartola
Trazê conversa fiada
Dos feitiço da viola
P`rá mim num vão dizê nada
P`rá essa gente eu num dô bola
A viola quando entoa
Num sei se tem quem me exprique
U meu pensamento avoa
Chego a senti um xilique
E tomo uns trago da boa
Dessas boa de alambique!
Posso tomá inté treis
Desse tanto ninguém morre
Isso agaranto procês...
Pode árguém fica di porre
Mais cura de uma só vez
Se um chá de boldo socorre
Discurpa se eu saí fora
Do assunto que eu falava
Falano di pinga agora
Quase que eu me atrapaiava
Pur favô num vai imbora
Vô vortá p`ra donde eu tava
Nas noite de lua intão
Quando a lua tá bem cheia
Coitado dos coração
Se uma viola ponteia
Os casar se dão as mão
E o olhar logo encendeia
Viola é ansim dôto
Quem ouve logo se apega...
Chora quem nunca chorô
Sorri quem nunca se alegra...
Se num crê fáiz um favô:
Prugunta e vê se arguém nega!
Esse meu discurso intêro
Dicerto vai lhe fazê
Pensá qui eu sô violêro
E vô tocá p”ra suncê
Só que p`ra meu disispêro
Num fui capaiz di aprendê...
Fico muito gardecido
Pela sua paciênça
E a Deus faço um pedido:
Que lhe dê a recompensa
Pur esse tempo perdido,
Lhe acompanhe e dê a bença!
PUR FALÁ EM VIOLA...
Carlos JotaPê Figueiredo
Seu dotô se me premite
Eu quero lhe confessá
Que eu sou capaz acredite
De ouví viola tocá
Noite e dia, dia e noite
Sem percisá discansá
A viola sertaneja
Méxi cumigo pur dentro
Intão sô dotô u sinhô veja
Quando oiço esse instrumento
Meus óio inté lacremeja
De tanto qui é o sentimento
Já fiquei cismano hora
Matutano o que acontece
Valême Nossa Sinhora
Será que musga endoidece?
Ô será que é ôtra istóra
Qui nóis tudo discunhece
Se vinhé gente arrumada
Di terno e inté di cartola
Trazê conversa fiada
Dos feitiço da viola
P`rá mim num vão dizê nada
P`rá essa gente eu num dô bola
A viola quando entoa
Num sei se tem quem me exprique
U meu pensamento avoa
Chego a senti um xilique
E tomo uns trago da boa
Dessas boa de alambique!
Posso tomá inté treis
Desse tanto ninguém morre
Isso agaranto procês...
Pode árguém fica di porre
Mais cura de uma só vez
Se um chá de boldo socorre
Discurpa se eu saí fora
Do assunto que eu falava
Falano di pinga agora
Quase que eu me atrapaiava
Pur favô num vai imbora
Vô vortá p`ra donde eu tava
Nas noite de lua intão
Quando a lua tá bem cheia
Coitado dos coração
Se uma viola ponteia
Os casar se dão as mão
E o olhar logo encendeia
Viola é ansim dôto
Quem ouve logo se apega...
Chora quem nunca chorô
Sorri quem nunca se alegra...
Se num crê fáiz um favô:
Prugunta e vê se arguém nega!
Esse meu discurso intêro
Dicerto vai lhe fazê
Pensá qui eu sô violêro
E vô tocá p”ra suncê
Só que p`ra meu disispêro
Num fui capaiz di aprendê...
Fico muito gardecido
Pela sua paciênça
E a Deus faço um pedido:
Que lhe dê a recompensa
Pur esse tempo perdido,
Lhe acompanhe e dê a bença!