DOMINGO MINEIRO
Ouço o chiar da frigideira ao fogo
Sinto o aroma do alho sapecando
E aqui na mesa, a cachacinha e o jogo,
Um violão, um cantador tocando.
Lá na cozinha, mãos habilidosas,
Em fios finos vão cortando a couve
Na sala, a dona, enquanto ajeita as rosas,
Canta a canção, que embevecida ouve.
Vêm o amigo, o compadre, o vizinho,
Trazendo muito riso e algum agrado,
Um queijo, um doce, a pinga, o torresminho,
E vão se aprochegando, lado a lado.
A mesa, agora posta, une essa gente,
Em torno da comida e da bebida.
Enquanto a prosa corre alegremente
Festeja-se a amizade, em brinde à vida.
Batata doce, assada no borralho,
Tutu, arroz soltinho, e vêm com gabo
O angu e a costelinha, a couve ao alho
E a galinha caipira com quiabo.
Depois a sobremesa e o cafezinho
O sono, a paz, o cochilo ligeiro
Vai cumprindo-se, assim, devagarzinho,
Todo o sabor de um domingo mineiro!
Oldney Lopes©
Ouço o chiar da frigideira ao fogo
Sinto o aroma do alho sapecando
E aqui na mesa, a cachacinha e o jogo,
Um violão, um cantador tocando.
Lá na cozinha, mãos habilidosas,
Em fios finos vão cortando a couve
Na sala, a dona, enquanto ajeita as rosas,
Canta a canção, que embevecida ouve.
Vêm o amigo, o compadre, o vizinho,
Trazendo muito riso e algum agrado,
Um queijo, um doce, a pinga, o torresminho,
E vão se aprochegando, lado a lado.
A mesa, agora posta, une essa gente,
Em torno da comida e da bebida.
Enquanto a prosa corre alegremente
Festeja-se a amizade, em brinde à vida.
Batata doce, assada no borralho,
Tutu, arroz soltinho, e vêm com gabo
O angu e a costelinha, a couve ao alho
E a galinha caipira com quiabo.
Depois a sobremesa e o cafezinho
O sono, a paz, o cochilo ligeiro
Vai cumprindo-se, assim, devagarzinho,
Todo o sabor de um domingo mineiro!
Oldney Lopes©