DESEJO
Numa noite de muito frio
No meu quarto ocê chegô
Dizeno ansim que ocê tava
Quaji morreno de amô.
Levantei dipressa da cama
Ispursei o cubertô
Que incubria o meu corpo
Que já trimia de amô.
Abracei ocê, bejei tanto
Tanto... tanto que nem sei
Se o tempo passô dipressa
Ou se fui eu que passei.
Disvistí o meu pijama
E dento de mim lhe guardei
E no vai e vem do amô
A sede de amô eu matei.
Veno tantas istrelinha
Nas núve iscurreguei
Do céu azú eu cai
Foi um sonho... acordei!