Muié rixosa

(Versus di humô pramodi ocê ri.
tomém si nu ri, num vô mi zangá
quem num qué si adiverti?
e o figu disopilá?)

 
 
Mulhé mi faça un café
ou tomu na padaria.
Ocê nun faz cafuné
inda nega cumpanhia.

***
 
Homi cum muié marvada
Quano morri vai pru céu
Prumodi a vida aguniada
Que passô aqui ao léo.

***
 
O homi vorta da lida
Chega cum fomi em seu lar
Mas a muié atrivida
manda u pobri i pastar.

***
 
Inté o rei Salomão
Falô da muié rixosa
Espécie pió qui u cão
Qui torna a vida horrorosa.

***


Si a dona num faiz café,
nem as outra obrigação,
Tá nu sal essa muié,
vai queimá cumum tição.

***
 

 
Inspirei-me ao ler a trova  “TOMO NA PADARIA”, do Trovador das Alterosas, em 08/6/2012. 







Aqui edito as interações dos amigos queridos. Obrigada a todos, voltem sempre.



 
13/11/2012 11:04 - Wilson Pereira
 
si a muié num qué nada cum ele
nem drumi cum o companhêro
ele vai tomá café fora
é pegá a muié du padêro
 

 
 
13/11/2012 13:01 – Hluna
 
Que muié mais chata essa,
que vive tudo a negar.
O castigo, bem depressa,
há der vir a cavalgar. 
 
Sempre deliciosas tuas trovas e o caipirês. 
Abrçs.
 



 
 
14/11/2012 08:59 - Lucas Kind
 
HOMI: Toma cuidado, muié 
Já inventaru divorci 
E sabe cumequié 
Homi hoji tá difirci!... 
 
MUIÉ: Homi é o qui num mi farta
S'ocê mi largá tem mais 
Quero que um raio te parta
Por que já ficô pra trás 
 
Se num fosse a tar de penha
Te dava uns tabefe agora
Te sentava a lenha 
Pra vê como muié chora 
 
Agora sô fiminista 
Homi é só pra dá prazê 
Se mi tocá vem puliça 
Tenho mais o que fazê...
 
Obrigado por compartilhar!
Abraços recantados!
 

 




17/11/2012 05:55 - Carlos Celso CARCEL

 
Poetisa Hull de La Fuente! lindos poemas, belas trovas, sou nordestino e adoro essas coisas, não mais que muié, até mermo rixosa, rsrsrs, aplausos. 
 
"A danada da muié 
 é compremento do ôme
o seu juizo consome
quando num larga seu pé
mas isso inté qui é gostoso 
deixa o cabra fogoso
desejando cafuné"
 

 
 
Maninha, que honra receber sua interação perfeita.
Obrigada, só liguei o computer agora à noite. 
Beijos,
 
 
18/11/2012 19:47 - Milla Pereira
 
AS MUIÉ DI ÔJINDIA  
 
U ômi chegô cansadu
I pidiu para muié:
- Maria, tô isfolado,
Pur favô, faiz um café...
 
A muié num li ofertô
U café di todu dia.
U maridu si zangô
Foi tumá na padaria.
 
Cumentô cum us amigo
A sua disilusão.
Pra eli era um castigo
Inté choro di imoção.
 
Essas muié di ôjindia
Num são cuma antigamenti
Só qué sabê fi fulia
Num faiz carinhu na genti.
 
-Eita, muié mais rixosa,
Disse u padêro Juão.
É increnquêra i tinhosa
Num cumpre as obrigação.
 
Essas muié atrivida
Sói vevi dano trabaio.
Num si priocupa cum a lida
Nem quebra mais nossos gaio.
 
Um dia eu perco a pacença
I mandu ela passiá.
Vô pidi à Inocença
Pra cumigo si casá.
 
(Milla Pereira)
 
Maninha, só pude passar hoje de manhã por aqui, escrevi esta interação ao seu poema mas o RL impediu-me de publicar, travou tudo. Como vc está? Peço a Deus que bem. Beijos da mana Milla
 




Do querido amigo poeta Jacó, a observação mais que oportuna sobre o tema.

 
19/11/2012 07:29 - Jacó Filho
 
Esse tipo se espaiou,
E até no sertão já tem.
A vida é no vai e vem,
Coitado de quem casou,
 
Sem arrepará com quem,
E num traste se enroscou.
É pior qui sem ninguém,
Perder as chance do amor...
 
Parabéns!
E que Deus nos abençoe e nos ilumine... Sempre...
 
 

Hull de La Fuente
Enviado por Hull de La Fuente em 13/11/2012
Reeditado em 19/11/2012
Código do texto: T3983471
Classificação de conteúdo: seguro