Pedido do caboclo...
_Pra modi nóis se amar pintei o céu
C'um mais que o escuru negror da noite
E sarpiquei estrelas diamantis
Prefumei a cabana, fiz serenata
Enchi o nosso leito de frôr de arfazema
Até mi arrisquei em iscrevê poema
Pra decramá nus ouvido diocê morena...
Rimei meu coração em suas mão
E os meus sentimentu cum o vento
Ai assoprei niocê, minha pequena
A brisa desse amor quié meu alento
Nu sonho desse caboco paxonado
Num tem espaço pro arrependimentu
Eu amo ocê!... Ocê é minha amada!
E ieu dedilhanu as corda da viola
Cantanu pra ocê nesse momento
Os zóios marejados quase chora
Inhá moça, minha viola ti improra,
Aceita meu pididu de casamento!
(Caboclo)
Irene Cristina dos Santos Costa - Nina Costa, 27/08/2012
_Pra modi nóis se amar pintei o céu
C'um mais que o escuru negror da noite
E sarpiquei estrelas diamantis
Prefumei a cabana, fiz serenata
Enchi o nosso leito de frôr de arfazema
Até mi arrisquei em iscrevê poema
Pra decramá nus ouvido diocê morena...
Rimei meu coração em suas mão
E os meus sentimentu cum o vento
Ai assoprei niocê, minha pequena
A brisa desse amor quié meu alento
Nu sonho desse caboco paxonado
Num tem espaço pro arrependimentu
Eu amo ocê!... Ocê é minha amada!
E ieu dedilhanu as corda da viola
Cantanu pra ocê nesse momento
Os zóios marejados quase chora
Inhá moça, minha viola ti improra,
Aceita meu pididu de casamento!
(Caboclo)
Resposta da cabocla.
_Quandu ocê dedilha a viola
_Quandu ocê dedilha a viola
E canta pra eu todu u seu sentimentu
Caboco, os meus zóio quase chora
Di vê ocê assim nesse lamento...
Eu já me prefumei feito a jurema
À espera diocê cum seu poema
À espera diocê cum seu poema
E me embelezei pra'ocê somente
Pra sê du seu amô essa pequena...
Pra sê du seu amô essa pequena...
Tar quar a linda frô de açucena
Faiz tempo quieu tô besservanu ocê
Oiando procê c'um zóios de lua
Faiz tempo quieu tô besservanu ocê
Oiando procê c'um zóios de lua
Ocê nem sabe o meu sofrimento
Namoro ocê nos sonhos da jandaia
Quando sua vóiz atrai meu pensamento
Nu peito, meu coração quais qui dismaia
Nu peito, meu coração quais qui dismaia
Espero ocê até o rompê daurora
Já num carece sê só seu alento
Amo ocê!... ocê é meu amado!
Meu alicrim servagi, seu aroma afrora.
No vento qui'ocê me traiz eu te procuro
Ieu aceito seu pidid'i casamentu!!!
(Cabocla)
(Cabocla)
Irene Cristina dos Santos Costa - Nina Costa, 27/08/2012