PERDIDOS VIAJANTES
A noite chegava tranquila
Trazendo o véu da escuridão
Meu sertão começava há dormir:
Psiu!Não acordem meu sertão!
Ele precisa dormir...
Ele está cansado e precisa repousar...
Suas matas,suas especies,seus rios
seus vales,morros,charcos,e etc.
Psiu!meu sertão está cansado!
Não acordem por favor.
A sua penumbra logo,logo se esvairá
E depressa as horas irão passar!
Psiu!Não acordem meu sertão!
Ele precisa dormir...
Para amanhecer feliz...
De repente passa um cavalheiro a galope
E saúda-nos,boa noite senhores!
Respondemos,boa noite senhor!
E o orvalho na singela madrugada
Esfriava como se fosse um bloco gélido
Com a sensibilidade queimava nossas peles
Enquanto a noite tão sublime dormitava
No berço da eterna natureza
Esperando o dia raiar.
Psiu!Não acordem meu sertão!
Ele precisa dormir...
Para amanhecer feliz...
De repente um cão ladrava a ermo
Afinal era a sua penosa missão.
Era um cão sem sono há vagar
Pela noite,pela madrugada
A procura de uma caça escondida.
Como nós em terras perdidos
A procura de um caminho correto
Para dar ênfase ao nosso destino.
Psiu!Não acordem meu sertão!
Ele está dormindo...
Breve ele acoradará...
Assim clamava a voz da natureza
Ao passarmos no alento
De uma plena madruagada.
Assim clamava a razão
Em um escuro estradão
Nessa choupana deserta
Iremos nos descansarmos.
Daí então o galo cantou no terreiro
Era anuncio de um novo dia:
Enquanto o vento frio farfalhava
Por todas as dimensões da estrada
Que parecia não ter fim.
O céu parecia um oceano de estrela!
Vagalumes faziam exibições
De luzes a iluminar
Caminhos há seguirem
Como perdidos viajantes
Em uma estrada que parecia não ter fim.
Psiu!Não acordem meu sertão!
Ele precisa dormir
Para amanhecer feliz,bem feliz!..
JOSÉ ANTONIO SILVA DA CRUZ
05 nov 2011.