BEM-QUERÊ


No jardim do bem-querê
Eu plantei uma fulô,
Só ispinho vi crescê,
Na isperança de um amô.

Ela era a mais mimosa
Das fulô deste sertão,
Foi simbora toda prosa
E levô meu coração.

O sertão ficô mais triste
Qui o cantá do urutau.
O jardim ainda inxiste,
Pra enfeitá meu funeral.

Mais a vida a gente veve
Do jeito qui manda a sorte.
Prifiro perdê pra vida,
A tê que perdê pra morte.