foto obra de Alfredo Volpi

Poesia Brincante ( ciranda aberta)


Lanço aqui um desafio
pros poeta do recanto
jogar com as palavra livre
como a gente faz no canto

lança um verso
faz folia
o que importa é alegria
traz o fogo pra mais perto
louva a vida em harmonia


Bóra louvar a poesia?
Katia Silva

S'imbora vamu minha genti

Qui o momentu é di aligria

Vamu pegá nu batenti

Já, já, vai manhicê o dia

I é hora dus pueta

Acabá cum a canturia

Ir pru meiu du salão

Declamá suas puesia!

 

Quem num tem puesia pronta

Pru farta di inspiração

Pedi a puesia imprestada

Paga im outra ocasião

Só num podi nu sarar

Dexá o versu iscondido

Prus pueta pega mar

Uvi e num sê uvidu!

 

Eurípedes Barbosa Ribeiro

 

Intão hoji quero brinca

Oia a bileza, ser puro

Assim a tar frieza trinca

Isquecê o mundão duro

 

Butar fogo no Curaçao

Cum magia do dia raiar

Cubiçar a rosa, sinsação

Siduzir a fulor, cunquistar

 

Viver di tudo jeito, canta

Cum levesa, mi encantei

Então nós vamo brica

Vida qui sempre sonhei

 

Ricardo Vichinsky

 

Pra modi quê cê qué brinca

se a poesia não é só de espiá?

pois quando o poeta tá imbutido nela

e ela no poeta

é que a coisa vai desenrolá

e quem tá do outro lado lendo

tamem fica doido a maravilhá

e então vão bóra lá?

 

Ortega

 

 

nessa doce melodia nosso

amor ganha energia

assim vencemos cada dia.

 

Fernando CosmeDei uma volta na vida


Retornei para a infância
Pulei cordas, brinquei de rodas
De boneca e esconde- esconde
Vesti a roupa de anjo
Usada na procissão
Ai que sapatos apertados
Triste recordação
 
Fiz desenhos na estrada
Coloridos de amarelo
Aquarelei a saudade
Com a cor da felicidade
Bati palmas na ciranda
Cantei a antiga Dona Sanja
Que coberta de ouro e prata
A felicidade esbanja
 
Fui até o Itororó
Brincar com o peixe vivo
Que fazia cirandinha
Com a Dona Amarelinha
Bati palmas, bati o pé
Caranguejo peixe é
Bati devagar os pezinhos
Para não acordar os passarinhos.
 
Ana Stoppa
 

Nas montanha eu apiei
da criancice recordei
lá do alto eu feliz
mirava por cima como rei
o vento na cara molhada
as mão suja de terra
fazia mascara de doido
no rosto suado eu riscava
estrela, meia-lua, sol
sorriso maroto do garoto
das minha Gerais
 

Emmanuel Almeida
 
 


 
 
Katia Silva
Enviado por Katia Silva em 28/05/2011
Reeditado em 01/06/2011
Código do texto: T2998258
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