Lembrança*
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no meu casebre tristonho
numa rede remendada
num balanço enfadonho
sonho com minha amada
vendo no céu azul luminoso
o seu sorriso sereno
seu porte delgado e editoso
como sabiá pequeno
meu peito ardia em paixão
em baixo da laranjeira
lembrava sonora canção
nessa visão passageira
e a saudade no peito
nadava entre lágrimas
quando na rede me deito
ferido de morte na alma.
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Alzira Paiva Tavares
Olinda 02\05\0211