A vocês da cidade...

Vou lhes contar a história

do jeito que sei contar

não adianta comentar

que escrevi tudo errado

pois atrás de um arado

ou no cabo da inchada

não aprendi quase nada

mas o que sei já me contento

pois é pro meu divertimento

que faço essas poesias

contando minhas alegrias

e as tritezas também

e se por acaso alguém

não gostar deste meu jeito

desce um pouco mais, sujeito

E deixe seu comentário

A verdade é que na roça

a gente é deste jeito

temos bastante respeito

mas não sabemos colocar

a maneira de falar

nos faz parecer grosseiro

mas fique certo companheiro

que a gente é de confiança

por que desde que era criança

nos passaram um valor

ter bondade e amor

respeito acima de tudo

não é por ser um matuto

que eu serei diferente.

Dedico esta poesia

Pro meu cumpadre Nhô Lau

Pra filha do Seu Nicolau

A Maria benzedeira

A filha da Costureira

O pessoal que joga bocha

depois na catira se arrocha

e o domingo passa ligeiro

na segunda o fuleiro

voltamos para o batente

e é assim minha gente

a vida deste caipira

que nas coisas simples se inspira

e deixa sua versão

que aqui em meio ao sertão

a gente tem felicidade

mas admira e inveja

o povo lá da cidade.

BÃÃÃÃO TAMÉÉÉÉMMMM!!!

Julinho vieira
Enviado por Julinho vieira em 25/02/2011
Código do texto: T2813510
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