O MATUTO DE RECIFE
Espía o que tenho pra contá
Fiquei no maió aperreio
Queria falar cum ocê
Mas corage num me veio
Tô querendo me convencê
De que num sô muito feio
Fina fulô é o teu nome
Disso num vô esquecê
Quero fazê um pedido
Mas só conto pra ocê
Atende esse molecular
Se não vô endoidecê
Pra donde tu se foi?
Que não arresponde meus emei
Num vai te esquecê
Pra donde fui, pra donde andei
Juro que não vô me arretá
Sô matuto, já confessei.