O MATUTO DE RECIFE

Espía o que tenho pra contá

Fiquei no maió aperreio

Queria falar cum ocê

Mas corage num me veio

Tô querendo me convencê

De que num sô muito feio

Fina fulô é o teu nome

Disso num vô esquecê

Quero fazê um pedido

Mas só conto pra ocê

Atende esse molecular

Se não vô endoidecê

Pra donde tu se foi?

Que não arresponde meus emei

Num vai te esquecê

Pra donde fui, pra donde andei

Juro que não vô me arretá

Sô matuto, já confessei.

Acrux
Enviado por Acrux em 21/01/2011
Reeditado em 17/02/2011
Código do texto: T2742258
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