DE VORTA PRO MEU CHÃO NAS ASA DOS PASSARIM...
Quero agora agorinha
meu emborná de vorta.
A muda de pranta verdinha
prantada no peitorá da porta.
Quero voá mais os bichim
e vivê adonde num avera saído,
manhecê no rio fresquinho
contá história pros passarim.
Deixa eu vivê assim
do jeitinho que eu nasci!
Com os pé garradim no barro
e a alma de passarim!
Sou menina do brejo
do arco-íris e do rio manso.
Meu chão já num é como antes
mas de percurá por ele eu não me canso.
Quero agora agorinha,
meu emborná de vorta.
Vê os zoinho do meu povo iluminando
o caminho inté minha porta,
adonde lá dentro cês encontram,
broa fresca e café quentim,
um muntuero de coisa boa
e muitos causo de passarim...
Teje em casa....